domingo, 1 de novembro de 2009

E então?

Fala o que queres de mim...
Tirar minha sanidade?
Embaralhar minha cabeça ao ponto de eu perder o senso da razão?
Decida-se, me ama ou me deixa.
Só imploro que não me abandone à dúvida, que não me dê brechas para um 'e se...'
Explique-me, esclareça, ponha tudo em pratos limpos...
Um basta definitivo, um ponto final nítido.
Essa dúvida me mata, esse jogo de paradoxo acaba comigo...tuas antíteses me ferem e me corroe por dentro.
Diz uma coisa e fazes outra...a cada volta no relógio um novo humor, a cada conversa uma nova opnião, a cada encontro um desentendimento, uma confusão, um mártire.
Me liberta, me solta, me deixa ir se assim for...mas não deixe-me acorrentada as tuas dúvidas, as tuas inconstâcias, a você!
Decida-se e me diga, eu preciso voltar a viver...preciso voltar a ser quem eu sou.
Não tenho medo de teu 'não'...o que me assombra é a incerteza de teu 'talvez'.
Só te peço a verdade, e que se essa verdade vier para doer, que doa!
Me diz o que tiver a me dizer, me mostra o que tens a me mostrar...
Fala o que talvez eu não queira ouvir, mas só te peço que me dê o breve e doce gosto da certeza.

(Hosana Lemos)

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