terça-feira, 29 de setembro de 2009

O contrato - Tati Bernardi


'Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.
A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.
Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.
Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.
Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.
E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.
E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.
Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.’

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Estranha...

Tragam-me algo que me acorde os sentidos. Um álcool forte. Um impacto súbito.
Um amoníaco. Uma droga. Um berro que se faça ouvir. Mostrem-me algo que faça sentido. Sentidos precisam de sentido. A vida, essa a mim parece um grande nonsense desprovido de sentido pleno. Falta uma palavra-chave ou a última peça do quebra-cabeça. Falta um por que definitivo para todos os comos, quandos, ondes e quens. E quanto mais prossigo menos sentido faço, menos sentido vejo nas coisas, nas pessoas, no tempo. Eu vivo. Mas e daí? Vivo apenas. Vivo com a sensação de faltar algo visceral. Não sou triste nem feliz. Não sou mais nem sou menos. Sem escolhas, cumpro a existência. De tanto existir achei que pudesse alcançar um sentido. Mas não. Nenhum sentido. Passeio entre o moto-contínuo e o fogo fátuo, entre o ufanismo e a hipocrisia. Pior é se ver de fora do “Grande Teatro”. Representasse bem eu, e talvez o papel me trouxesse ao menos um falso sentido. Mas não represento. Pelo menos, não mais. Não fui boa atriz neste estrondoso espetáculo. Fui um fracasso dramatúrgico.

Falaram-me uma vez que o sentido estava no amor. De fato, em todas as vezes que amei de amor, tive a ilusão de ter todos os sentidos exacerbados e de fazer todo o sentido do mundo. Na experiência do amor havia uma espécie de sagração, uma facilidade imensa de saber explicar-me. Eram experiências entorpecentes. Nada ao redor havia mudado. Mas o olhar de quem ama jamais se convence dessas imobilizações. O olhar de quem ama quer ver beleza, generosidade, cor e magia em movimento. Mas, talvez de tanto movimento, amores passam (não deveriam). E a relidade pós-euforia vai constatar, por repetidas vezes, que nada mudou. Ninguém mudou. É alucinógena a condição de quem ama, de um modo geral. Uma extasiante e deliciosa alucinação. Válida seria se não fosse tão entorpecente e se nos impedisse de, logo adiante quando o amor acaba, darmos de cara com a consciência dessa alucinação. E quanto mais consciência menos sentido.

Strauss dizia que "tudo oferece um sentido, senão nada faz sentido". Mas o sentido que tudo oferece, aos meus olhos, é uma tremenda falta de sentido. Uma loucura. Uma inversão. Uma subversão. Um passatempo enquanto a gente espera pelo último de nossos dias.

O que falta mesmo é sentido. Talvez não haja profundezas, talvez não devêssemos colocar tantas expectativas em SER. Ou talvez eu não pertença a este mundo, que parece não ter nada de meu e onde seria uma estranha visita, sentada na ponta do sofá.
É isso...

* Texto - fonte: http://www.quelquechose.net/qq/arquivos/2004_04.html

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O teatro da moça banal


Olho pela sacada da minha casa e vejo você chegando. Corro para o enorme espelho do meu quarto e repito em mantra: eu não gosto dele, eu não gosto dele, eu não gosto dele.
Tenho quase 30 anos e consegui estragar todos os meus relacionamentos simplesmente porque gostei demais das pessoas. Dessa vez quero acertar, por isso combinei comigo que, apesar de estar morrendo por você, não gosto de você. Espero você tocar a campainha olhando o escuro pelo olho mágico. Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara. Dessa vez quero acertar, dessa vez quero que alguém fique comigo ao menos um mês sem me achar louca. Cansei de sempre ser a garota louca que espanta todo mundo.
Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar. Ser como as minhas amigas que se dão bem e arrumam namorados apaixonados. Há anos que eu rasgo os rapazes, enlouqueço, me apaixono, devoro. E termino sozinha no Espaço Unibanco, querendo morrer enquanto olho sem fome para o pacotinho com dez minipães de queijo.
Chega. Dessa vez vou acertar. Não vou chorar na sua frente porque acho um absurdo estar viva, não vou pirar porque deu quatro da manhã e eu tenho a impressão de que a noite é uma coisa de pirar a cabeça. Não vou beijar sua nuca no meio da noite e gostar de você como naquela canção do Legião, que diz que é como se não houvesse amanhã. Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas. E ninguém entende nada. E todo mundo se assusta. Mas prometo ser uma mulher normal dessa vez.
Você não sabe porque eu não te atendi o dia todo. Eu te conto que é porque estava muito ocupada. Minhas amigas sempre usam essa desculpa e sempre namoram. Eu era a louca que nem esperava os caras ligarem e já ligava pra eles.
Mas dessa vez tô ignorando o telefone. Mesmo que ele fique no meio das minhas pernas o dia todo esperando um telefonema seu. Mas você jamais vai sabe disso.
E jamais vai saber mesmo, sabe por quê? Porque você é o primeiro homem do mundo que não sabe que eu escrevo sobre a minha vida. Chega. Todos os homens morrem de medo disso e eu não agüento mais essa porra dessa solidão que me dá toda vez que procuro um pouco de amor nos beijos e abraços curtos que alguém me dá só pra poder transar depois. Chega.
Aí você fala que vai cortar o cabelo e eu quero implorar pra você não cortar. Porque esses seus cachos acabam comigo. O cheiro do seu cabelo. A maneira descabelada que você usa pra parecer arrumado. E eu amo a sua cara de argentino e que você odeia os argentinos. E eu amo como a sua calça nova cai bem em você e como você fica elegante de chinelo. E eu quero te pedir pra deixar tudo como está e não cortar meus cachos prediletos de todos os cachos. Você me salvou. Eu não agüentava mais pensar nos mesmos caras que eram sempre os mesmos caras.Você é novinho em folha e eu sou louca por você. Mas tudo isso eu não te conto pra você não achar que eu sou louca. Chega. Dessa vez vou fazer tudo certo.
Já é a sexta vez que você vem à minha casa e até agora nada. Não transei com você. Apesar de pirar na sua barriga e na sua nuca. E de querer eternizar o seu cabelo e o seu nariz feio. E de achar que o seu cheiro é o cheiro de uma nova vida que eu estava precisando tanto. E de eu te adorar principalmente porque eu já nem sabia mais como era adorar alguém novinho em folha. Não, não transei com você. Chega de transar sonhando em andar de mãos dadas. Agora vou andar de mãos dadas pra ver se vale a pena transar. Porque dessa vez vou fazer tudo direito. Chega.
E você nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mãe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea. Você nem sonha com essas coisas porque só conversamos coisas leves e engraçadas.
Chega de ser a louquinha intensa. Maior legal transar e se divertir com a louquinha intensa, mas quem agüenta o tranco de me assumir, de me amar?
Ninguém. Chega.
E eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você. Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque, se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.
E você implora pra gente finalmente transar. Já é a sexta vez que você vem aqui. E eu quero muito. Muito. Porque você tem a voz mansinha e só fala coisa inteligente. E você é cínico sem ser maldoso. Mas não, não. Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega.
E eu quero me dar de bandeja pra você. E dentro de mim uma voz diz: pira Tati, enlouquece. Vive um dia e já está bom. Depois eu demoro semanas pra me levantar, mas pelo menos fui intensa e vivi um dia. Mas não agüento mais nada disso. Quero viver uma história. Por isso dessa vez não vou transar e nem gostar de você. Tchau. Peço pra você ir embora. E você jura que eu não estou nem aí pra você. Melhor assim. Dessa vez quero fazer tudo certo. Chega de fazer tudo errado. E eu te espio da janela, indo embora. E quero berrar o quanto gosto de você.
E te pedir em namoro. E rasgar sua roupa. E te comer. E dormir enroscada no seu cabelo. E te mandar flores amanhã. E mais uma vez agir como um homem. Mas eu cansei de ser homem. Chega de usar o homem que eu não sou pra ferrar comigo. Eu sou menina. E meninas só transam depois do sexto encontro. Ou depois que o cara fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega.
E se você não se apaixonar por mim mesmo com todo esse teatro de moça banal que eu estou fazendo, vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena.

- Tati Bernardi

domingo, 13 de setembro de 2009

Essa mulher...


Eu tenho um coração que quase me engole – e depois cospe. É sempre um vulcão em ebulição; que diz que não sabe o que quer, mas sente, sente e sente.
Ele quase casa perfeitamente com a mina personalidade forte, mas o problema que ela é tão forte que, às vezes, discorda só para mostrar que é assim, diferente e mandona.
Ela está sempre brigando com uma rebelde que mora dentro de mim, mas é o jeito que a minha personalidade encontrou de mostrar seu senso de justiça: ela sabe bem quando eu devo ‘baixar a guarda’, quando o coração deve amolecer.
A rebelde não. Essa grita, grita, esperneia...
Diz que quer morrer sozinha, que não confia em ninguém, que todos são uns mentirosos.
Mas ela nem sequer abre os olhos! Só julga e foge de todos.
Há dias em que ela (rebelde) toma conta de mim; acordo, depois, triste por ter sido dominada. Triste por que me rendo ao péssimo hábito de dar patadas gigantescas quando estou irada. Triste por que ela sabe usar e usa tudo, até minha imaginação extremamente fértil para projetar vingança, criar planos mirabolantes...
Mas eu?! Eu não quero vingança, eu não quero nada disso.
Ainda que eu tenha sido traída (e já fui, e dói demais), que me decepcionem, que insistam em me pirraçar mesmo quando estou na minha, que tentem me passar pra trás, que queiram me maldizer, magoar... Eu não quero.
Quero ser mais forte do que tudo, dominar todos os impulsos - e gritar o bem, e fazer o bem e
ser o bem acima de todas as coisas!
Para isso, tenho coragem aos montes.
Eu sei que me apego fácil às pessoas e, assim, vivo dando com a cara na porta, mas tenho absoluta certeza de que, um dia, a porta estará aberta muito antes de eu chegar.
Afinal, posso ser esse vulcão em ebulição, esse paradoxo descontrolado, mas eu sei bem o que quero... E vou atrás.


-O que é que essa mulher tem? Ela tem algo.

Pronome indefinido: algo

*texto: http://vidaanalu.blogspot.com/2009/05/essa-mulher.html

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Para o menino com o sorriso sincero


O centro da cidade vibra meu pânico de multidão. São pessoas esbarrando em mim e gesticulando palavras que eu não entendo. Meus fones de ouvido protegem minha cabeça de toda a dor acústica e me vendem decibéis mais ternos. Minha vida não importa pra esses humanos que me atropelam sem rodas. São todos viventes de seu próprio caminho e cruzam o meu por destino ou precisão. Se por acaso eu parasse, seria somente por minhas pernas perderem seu sentido entre tantas outras.
Eu posso ver - por todos os lados, por todos os poros. Respirações longas e curtas, afobadas, vivas - mas não enxergo. Exatamente à minha frente, focaliza uma imagem, apenas uma. Eu jamais me esqueceria de tal visão. Se por acaso eu dormisse, seria apenas por não ter forças em manter meus olhos fixos.
Mesmo depois de conhecer vários e novos sorrisos, o dele ainda é o meu preferido. Eu e a minha mania com dentes e caráter. Tenho certeza que ele é bom porque sorri de verdade.
Entre tantos medos e mortes da solidão em meio à todos, alguém sorri sorrindo. No meio de tudo, alguém pareceu se importar e demonstrar caráter. Ainda que eu parasse no tempo e buscasse a razão, seria só por não encontrar opções de fuga quando me prendo na hipnose dos olhos sorrindo.
Devolvo o olhar por não saber o próximo segundo e pela vontade de estender o momento pela eternidade. Parecemos mútuos no desejo de viver pra sempre no agora só pela companhia extraordinária. Se eu viro as costas e entro no ônibus, é porque assim havia de ser e porque a força humana me empurra na direção contrária ao impulso inicial. Por quê?
Talvez fosse a exata sintonia, do exato alinhamento, da exata fração de segundo que motivasse duas presenças tocadas dessa maneira. E se existir um próximo encontro, por mais breve e estático que seja, será só pelo encanto do sorriso mais sincero do meu caminho.

*texto: http://h-veronica.blogspot.com/2009_03_01_archive.html

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Que dó!



Era uma vez uma linda moça que perguntou a um belo rapaz:
- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:
- NÃO!

... E a moça viveu feliz para sempre! Foi viajar, visitou muitos lugares, vivia fazendo compras, conheceu outros rapazes, trocou de carro, redecorou a casa, foi promovida no emprego... Sempre estava de bom humor e com a pele boa, pois não tinha sogra, não tinha que aguentar mau humor de homem, não tinha que lavar, passar, cozinhar e nunca lhe faltava nada. Saía e bebia com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz? Ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois nenhum homem constrói nada sem o apoio de uma mulher.

Fim!

;D

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Às vezes penso em não fazer nada
Deixar tudo como está
Esquecer um pouco dos meus problemas
Jogar tudo pro ar

Me esgotei já faz um tempo
Já perdi a razão
Eu quero sair dessa rotina
Dos dias que vêm e vão

Eu preciso me desligar um pouco desse mundo
Fugir pra outro lugar dar um tempo ao tempo
Eu quero desaparecer seguir outro caminho
Sinto que preciso ficar um pouco sozinho

Cometo sempre os mesmos erros
Estou andando na contra mão
Vou me entregando pouco a pouco
Pois não acho uma solução

Nada mais me agrada
Estou a ponto de explodir
Estou frágil feito uma criança
Qualquer coisa pode me ferir"

Tempo ao tempo - Pedro Trotta

segunda-feira, 7 de setembro de 2009


Zzyzx Rd.
(Stone Sour)

I don't know how else to put this
It's taking me so long to do this
I'm falling asleep, but I can't see straight

My muscles feel like I may lay
Body is curled in an U shape
I put up my best, but I'm still afraid

Propped up by lies and promises
Saving my place as life forgets
Maybe its time I saw the world

I'm only here for a while
patience its not my style
and I'm so tired that I gotta go

What am I supposed to want now
what am I supposed to do?
Did you really think I wouldn't see this through?

Tell me I should stick around for you
Tell me I could have it all
And still I'm too tired to care and I gotta go

I get to go home in one week
But I'm leaving home in three weeks
They throw me a bone just to pick me dry

I'm following soothing directions
I crawled up inside for protection
I'm told what to do and I don't know why

I'm over-existing in limbo
I'm over the myths and placebos
I don't really mind if I just fade away

I'm ready to live with my family
I'm ready to die in obscurity
'cause I'm so tired that I gotta go

What am I supposed to want now?
what am I supposed to do?
You still don't think I'm gonna see this through

Tell me I am part of history
Tell me I can have it all
And still I'm too tired to care and I gotta go

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Isso basta!


O tempo vai passando e estamos aqui vivendo na escuridão da noite, nos esquecemos do bom e nao enchergamos a luz do sol quando amanhece.
Pare.
Olhe ao seu redor, pense. Você é muito mais do que um simples você.
Sorria, isso basta para que o amanhecer dure para sempre.
Num sempre chamado felicidade, chamado paixao.
Sinta a brisa vindo do horizonte, para você perceber que a vida é uma dadiva, e que por consequencia, ela acaba.
Viva, esteja vivo, sinta o viver que vem de dentro de você.
Isso basta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Das 24 horas

As próximas 24 horas vão ser de fundamental importância na sua vida.

Esqueça o que você foi no passado. Isto não conta, porque estes momentos já foram vividos e estão na memória do tempo. Mesmo que você conheça suas outras encarnações, ou tenha descoberto a pista para solucionar traumas infantis, esqueça o passado.

Esqueça o futuro. Primeiro, porque Deus tem sua própria maneira de escrever nossos destinos, e não adianta tentar adivinhar o que passa em Sua cabeça. Segundo, porque - até o dia de amanhã - você só tem 24 horas para viver.

Tenha coragem de aproveitá-las, fazendo coisas que você sempre quis. É para isto que você está no mundo. É para isto que Deus lhe dá, todos os dias, às 24 horas mais importantes de sua vida.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um dia aprendi a diferença entre ter e ser

Um dia aprendi a diferença entre ter e ser.
Aprendi que, por pior que seja um problema ou uma situação, sempre existe uma saída.
Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.
Mais cedo ou mais tarde, será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.
Aprendi que perdemos tempo nos preocupando com fatos que muitas vezes só existem na nossa mente.
Aprendi que é necessário um dia de chuva, para dar valor ao Sol.
Mas se ficar exposto muito tempo, o Sol queima.
Aprendi que heróis não são aqueles que realizaram obras notáveis.
Mas os que fizeram o que foi necessário e assumiram as conseqüências dos seus atos.
Aprendi que não vale a pena se tornar indiferente ao mundo e às pessoas.
Vale menos a pena, ainda, fazer coisas para conseguir migalhas de atenção.
Aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.
O mundo nunca parou para que eu o consertasse.
Aprendi que em vez de ficar esperando alguém me trazer flores, é melhor plantar um jardim.
Aprendi que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz.
Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos.
Aprendi que o que faz a diferença não é o que eu tenho na vida, mas QUEM eu tenho.
E que a boa família são os amigos que escolhi.
Aprendi que as pessoas mais queridas podem às vezes me ferir.
E talvez não me amem tanto quanto eu gostaria, o que não significa que não me amem muito, talvez seja o máximo que consigam.
Isso é o mais importante.
Aprendi que toda mudança inicia um ciclo de construção, se você não se esquecer de deixar a porta aberta.
Aprendi que o tempo é muito precioso e não volta atrás.
Por isso, não vale a pena resgatar o passado.
O que vale a pena é construir o futuro.
O meu futuro ainda está por vir.
Foi então que eu resolvi descruzar os braços.
Vencer o medo de tentar e partir atrás do meu sonho.
Lá no meu íntimo, uma voz me dizia:
“A vida tem valor e você tem valor diante da vida!”.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

.....†..Pra que?..†....


Para que continuar a pensar...
Se nem sempre é o correto???
Para que continuar a correr...
Se o caminho pode ser incorreto???
Para que continuar a fazer perguntas...
Se a maioria nunca serão respondidas???
Para que fazer silêncio...
Se o que realmente importa para alguém, é o que escondemos???
Para que fingir o ser que não somos...
Se estaremos mentindo para nós mesmos???
Para que continuar viver...
Se um dia tudo acabará???
Para que amar...
Se podemos não ser correspondidos???
Para que procurar uma saida...
Se sabemos qual e como chegar nela???
Para que continuar a escrever...
Se poucos entenderam o que quero dizer???